Radiação: Rachaduras encontradas no reator nuclear podem levar à evacuação de Edimburgo e Glasgow

A usina nuclear de Hunterston B, perto de Ardrossan, na Escócia, abriga dois dos mais antigos reatores nucleares da Europa. Aos 43 anos eles estão muito além de suas vidas operacionais, que foram estendidas duas vezes pela EDF Energy.
Os reatores estão programados para fechar definitivamente em 2023, mas existe uma grave falha de segurança nesta usina. Estes reatores apresentam rachaduras em seus núcleos moderadores de grafite, levando-os a instabilidades, que por sua vez poderiam provocar um grande acidente nuclear.
A maior preocupação associada a um acidente nuclear são os efeitos que a exposição à radiação podem apresentar no corpo humano. Para a maioria das pessoas, a exposição de baixo nível à radiação proveniente do meio ambiente e dos procedimentos médicos não resulta em nenhum problema de saúde detectável. No entanto, a exposição a quantidades significativas de radiação ao longo de um período de tempo pode causar danos nas células, e, consequentemente, aos tecidos e órgãos, e inclusive levar a diversos tipos de canceres. Se uma pessoa fosse exposta a uma dose aguda de altos níveis de radiação, o resultado seria a doença da radiação. A doença da radiação é definida como doença causada pela exposição a uma grande dose de radiação durante um curto período de tempo e os sintomas podem incluir queimaduras na pele, náuseas, vômitos, diarréia, perda de cabelo, fraqueza geral e possivelmente morte.
Além destas preocupações há também preocupações com a saúde ambiental associada à geração de energia nuclear. As usinas nucleares comumente usam a água dos lagos e rios locais para dissipar o calor nos reatores, e o excesso de água usado neste resfriamento é freqüentemente liberado de volta para ao ambiente em temperaturas muito altas e/ou poluída com sais e metais pesados, podendo perturbar a vida dos peixes e das plantas dentro deste ecossistema.
Os reatores de Hunterston B estão fechados desde outubro de 2018 como resultado da falha, mas a proprietária da usina, está tentando recuperá-los.
Embora a probabilidade de um colapso ainda seja baixa, as conseqüências podem ser severas e podem resultar na evacuação das cidades de Glasgow e Edimburgo devido à contaminação radioativa.
O limite operacional para o último período de operação foi de aproximadamente 370 rachaduras, em uma das mais caras e extensivas inspeções até o momento. Aguarda-se a resolução do impasse entre a empresa e as instituições competentes a respeito do retorno ou não das operações.

Guilherme de Paula
Documentação de Segurança

Transporte de Produtos Perigosos: Publicada Resolução DC/ANTT n° 5848/2019 que atualiza o Regulamento

Foi publicada, no diário oficial do dia 26/06/2019, a Resolução n° 5848 de 25/06/2019 da Diretoria Colegiada da Agência Nacional de Transportes Terrestres (DC/ANTT), que atualiza o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos e dá outras providências.
Conforme descrito nos Artigos 48 e 50 desta nova Resolução, as 3 Resoluções que regem atualmente o Regulamento para o Transporte Rodoviário de Produtos Perigosos serão revogada no dia 23/12/2019, conforme consta:
Art. 48. À exceção do Art. 46 e do Art. 47, que entram em vigor na data de sua publicação, esta Resolução entra em vigor 180 (cento e oitenta) dias após sua publicação.
Art. 50. Decorridos os prazos de que trata Art. 48 revogam-se as Resoluções nº 3.665, de 4 de maio de 2011, nº 3.762, de 26 de janeiro de 2012 e nº 3.886, de 6 de setembro de 2012.
A atualização apresenta inúmeras modificações, como também melhores esclarecimentos de alguns temas, das quais podemos citar:

  • Inclusão de novas definições aplicáveis ao transporte rodoviário de produtos perigosos, Art. 2°;
  • Inclusão de uma Seção destinada ao “Cadastro do Transportador Rodoviário de Produtos Perigosos”, Art. 5°;
  • Permissão da utilização de veículos automotores classificados como “especial”, de acordo com o DENATRAN, além dos atualmente classificados como “de carga” ou “misto”, Art. 12°;
  • Inclusão de um novo grupo para as Infrações, além de atualização dos valores das multas:
    • I – Primeiro Grupo: punidas com multa no valor de R$5.000,00 (cinco mil reais);
    • II – Segundo Grupo: punidas com multa no valor de R$ 1.400,00 (mil e quatrocentos reais);
    • III – Terceiro Grupo: punidas com multa no valor de R$ 1.000,00 (mil reais);
    • IV – Quarto Grupo: punidas com multa no valor de R$ 600,00 (seiscentos reais);
  • Exclusão da “Ficha de Emergência” como documento obrigatório para o transporte terrestre de produtos perigosos, inclusive excluindo a norma ABNT NBR 7503 e todas as citações a este documento da Resolução ANTT n° 5232/2016, Art. 47.

Faz-se imprescindível a leitura e avaliação detalhada desta Resolução, especialmente por parte das empresas Expedidoras e Transportadoras de Produtos Perigosos, as quais são responsáveis pela operação de transporte e estão passíveis de receber infrações pelo não comprimento das exigências previstas nesta Resolução.

Fabriciano Pinheiro
Diretor da Intertox

Produtos Controlados pela Polícia Federal: prorrogado o prazo de vigência da Portaria MJSP n° 240/19

Foi publicada hoje no Diário Oficial da União, a Portaria MJSP nº 577/2019, que prorroga a data de vacância da Portaria MJSP nº 240, de 12 de março de 2019, que estabelece procedimentos para o controle e a fiscalização de produtos químicos e define os produtos químicos sujeitos a controle pela Polícia Federal, para o dia 1 de setembro de 2019.

A Portaria MJSP n° 240/19 traz alterações relacionadas aos Produtos Químicos Controlados pela Polícia Federal, envolvendo, por exemplo, os critérios de controle dos produtos químicos e a simplificação do processo de solicitação de licenças. Esta Portaria entraria em vigor no dia 12 de junho de 2019.

Com a prorrogação da vacância, a nova Portaria passa a valer a partir do dia 1 de setembro de 2019, conforme publicado pela Portaria MJSP n° 577/19. Desta forma, as empresas que atuam no mercado de Produtos Controlados pela Polícia Federal, terão mais tempo para se adequar e se adaptar ao novo ambiente do Siproquim 2.

Entretanto, durante este período de adequação, é importante salientar que estas empresas devem permanecer reguladas junto à Polícia Federal durante suas atividades com produtos controlados.

Leia mais sobre a nova Portaria aqui. Entre em contato conosco para obter mais informações e soluções personalizadas para auxiliar sua empresa no processo de adequações às novas exigências.

Mariana Scarfoni Peixoto
Líder de Assuntos Regulatórios

Os desafios da segurança do trabalho na era da tecnologia

Segurança do Trabalho é um conjunto de medidas de prevenção que visa criar um ambiente mais seguro e saudável para os funcionários de uma empresa, visando reduzir, ao máximo, os riscos de doenças e acidentes ocorridos no ambiente de trabalho. 

Há centenas de empresas que postergam esse cuidado levando a um enxurrada de ações judiciais. Algumas delas, nos casos mais graves,  chegam a ter os bens da companhia tomados para arcar com o prejuízo que poderia ser evitado com simples prevenções. 

Segurança e tecnologia

Mesmo com todo desenvolvimento tecnológico que ano após ano vem ganhando espaço e sendo inserindo nos ambientes de trabalho (fábricas, laboratórios, indústrias, e principalmente em escritórios) é comum notar que tais avanços não são acompanhados de maneira parelha no que diz respeito a EHS (Environmental, Health and Safety) que se refere às áreas de Segurança do Trabalho, Saúde Ocupacional e Meio Ambiente. O custo com a manutenção dessas áreas e o investimento em melhorias ainda é visto por muitas empresas como um gasto e não como um investimento.

Desafios da Segurança do Trabalho

Parte desse problema tem origem em questões complexas, como a alta carga tributária e a burocratização de processos que criam travas e dificuldades para que novos investimentos sejam feitos, além disso, constantes mudanças em diretrizes normativas (leis, portarias, decretos e outros) causam grande insegurança jurídica e a retração na adoção de melhorias que poderiam ser implementadas caso houvesse uma melhor organização nos elementos regulatórios. Se não bastasse isso, a cultura de Segurança e Saúde Ocupacional (SSO), infelizmente, ainda não é amplamente difundida e compreendida por muitas empresas, principalmente em alguns segmentos específicos, em todos os seus níveis hierárquicos (direção > operação).

Retornos mais complexos

Se pensarmos no contexto de ROI (Return on Investment – que pode ser definido como a taxa de conversão monetária do quanto de retorno é obtido pela empresa através de cada real aplicado), empresas que investem em SSO tendem a ter um retorno notório, seja na prevenção de acidentes e doenças ocupacionais, seja na diminuição e na resolução de passivos trabalhistas, seja no reconhecimento dos funcionários gerando um ambiente mais agradável e produtivo (possível de se medir por meio de pesquisas de satisfação), ou ainda, através da valorização da marca frente ao mercado, conquistando maior credibilidade junto aos clientes.

Ainda que os recursos tecnológicos sejam elementos fundamentais para o desenvolvimento dos negócios, não existe ferramenta mais efetiva do que a correta e adequada qualificação dos trabalhadores, para que estejam sempre engajados e comprometidos com os KPIs (Key Performance Indicators) que são os “guias norteadores de resultados” das empresas. Por esse motivo, os investimentos em Segurança devem ser encarados pelas empresas como uma poupança, pois, o retorno a médio e longo prazo é certo!

Sensibilidade humana

Nada substitui o conhecimento, a habilidade e a sensibilidade humana, ou seja, não basta haver um recurso de última geração com tecnologia de ponta embutida, se não houver um profissional bem qualificado e motivado a ponto de compreender que estamos na era das constantes mudanças, onde a cada ciclo de 5 anos muitos dos nossos conhecimentos se tornam obsoletos, dando espaço para as inovações, esse é o século XXI, era da informação!

Como podemos ajudar?

Se você não sabe como fazer uma sso segurança do trabalho, conte com a gente! A Intertox atua em Segurança Química há 20 anos, oferecendo uma gama de treinamentos especializados, independentemente de qual o segmento ou tamanho de seu negócio. Contamos com um corpo técnico altamente qualificado para realizar o diagnóstico personalizado específico para as necessidades de sua empresa. Juntos, podemos auxiliar você a mitigar riscos e alavancar seus negócios evitando todos os riscos que envolvem segurança e saúde ocupacional.

Além disso, oferecemos outros serviços ligados ao gerenciamento de produtos químicos tais como: 

Gerenciamento de produtos químicos.

Diogo Domingues Sousa
Líder de Segurança e Saúde Ocupacional – SSO

Anvisa alerta para riscos de intoxicação por uso de bórax em slimes

O slime – espécie de geleca colorida que é febre entre as crianças – foi alvo de alerta recente da Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Em comunicado publicado em seu site, o órgão afirma que o bórax (ou borato de sódio), vendido e usado para preparo caseiro do brinquedo, pode provocar intoxicação.
A geleca é um polímero formado pela reticulação do álcool de polivinila (PVA) com um composto de boro. Em experimentos escolares pode ser produzida a partir de colas brancas e bórax ou alternativamente, água boricada.
O Bórax é um composto químico que tem indícios notificados em diversos bancos de dados quanto a exposição a grandes quantidades se ingerido ou inalado, onde se afirma provocar dor abdominal, náuseas, vômito e até hemorragia no sistema digestivo. Além disso, ainda são efeitos da exposição ao bórax, as dermatites e outras possíveis lesões à pele dado ao contato prolongado e sem proteção com o material.
De forma mais crítica, a European Chemical Agency (ECHA), agência europeia que mantém registros de produtos químicos e suas classificações segundo critérios do GHS, notifica que a exposição ao bórax apresenta séria irritação aos olhos e o produto ainda é classificado como sendo um composto com toxicidade à reprodução. Os ensaios realizados com ratos resultaram na esterilização dos mesmos, tanto nos ratos do sexo masculino, quanto do sexo feminino.
Sendo um material presente num brinquedo voltado para crianças, e de uma aceitação crescente nos últimos meses, o alerta é de grande importância! É necessário desenvolver métodos alternativos de produção, de forma a diminuir ou evitar a toxicidade decorrente dos ingredientes utilizados.

Guilherme de Paula
Documentação de Segurança