Anvisa publica manual para cálculo de toxicidade oral aguda em produtos saneantes

Publicação reforça modernização e alinhamento do Brasil a práticas internacionais de avaliação toxicológica.

A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) publicou, na última sexta-feira (24/10), o Manual para Cálculo da Estimativa da Toxicidade Oral Aguda (ETA) voltado a produtos saneantes. A medida representa um passo importante na modernização e padronização da avaliação toxicológica do setor, substituindo gradualmente o tradicional ensaio in vivo de Dose Letal 50% (DL50), em conformidade com a RDC nº 989/2025.

O documento orienta o setor regulado sobre a aplicação da metodologia quantitativa de ETA, oferecendo diretrizes claras sobre requisitos técnicos, cálculos, documentação e apresentação dos resultados para fins de registro ou notificação de saneantes.

Principais pontos do manual

O manual consolida o uso do cálculo de ETA como método alternativo ao ensaio experimental de DL50, alinhando o Brasil aos princípios dos 3Rs (Substituição, Redução e Refinamento do uso de animais) e às recomendações da Organização Mundial da Saúde (OMS).

A avaliação de toxicidade oral aguda é obrigatória para produtos saneantes. O manual reforça que:

  1. A DL50 oral (ou ETA) deve ser superior a 2000 mg/kg para líquidos e superior a 500 mg/kg para sólidos;
  2. Esses limites se alinham às categorias GHS, sendo líquidos classificados na Categoria 5 (ETA > 2000 mg/kg) e sólidos na Categoria 4 (ETA > 500 mg/kg). (ANVISA, 2025)

Metodologia de cálculo (GHS)


O cálculo da ETA deve seguir a fórmula de aditividade do GHS, que considera a toxicidade proporcional de cada componente da mistura.
O manual também especifica quais ingredientes devem ser incluídos e como proceder na ausência de dados experimentais. (ANVISA, 2025)

Forma de avaliação: produto puro vs. diluído

Um ponto importante do manual é a definição da forma de avaliação da toxicidade, produto puro ou diluído, de acordo com o tipo de produto e seu público-alvo:

  1. Avaliação na forma pura (sem diluição): Aplica-se a produtos de Risco 1 (notificados) e Risco 2 (registrados) de venda livre, destinados ao consumidor final. A toxicidade deve ser calculada considerando o produto em sua concentração original de venda, visando proteger contra ingestão acidental;
  2. Avaliação na diluição final de uso: Aplica-se a produtos de Risco 2 de uso profissional, que são concentrados e diluídos antes da aplicação. Nesses casos, a Anvisa considera o cenário real de exposição durante o uso, e o cálculo deve ser feito com base na diluição recomendada pelo fabricante. (ANVISA, 2025)

Fonte de dados e documentação

Os valores de ETA ou DL50 oral para cada ingrediente devem ser obtidos, preferencialmente, nas Fichas de Dados de Segurança (FDS) das matérias-primas.
Esses documentos devem estar atualizados e em conformidade com a ABNT NBR 14725:2023, sendo obrigatoriamente anexados ao processo de submissão do relatório de ETA.

O manual ainda apresenta um modelo de relatório no anexo e reforça a necessidade de transparência e rastreabilidade dos dados utilizados, o que deve aumentar a previsibilidade regulatória e reduzir exigências técnicas. (ANVISA, 2025)

Exceções e resguardo da Anvisa

O cálculo da ETA não é permitido para:

  1. Produtos saneantes desinfetantes (RDC nº 682/2022);
  2. Tintas e vernizes de uso imobiliário com ação desinfetante (RDC nº 847/2024).

Nesses casos, o ensaio experimental de DL50 oral continua obrigatório.
Além disso, a Anvisa reserva-se o direito de solicitar a determinação experimental da DL50 oral sempre que identificar indícios de risco elevado. (ANVISA, 2025)

Impactos e próximos passos

A publicação do manual traz maior clareza, previsibilidade e eficiência aos processos de regularização de produtos saneantes.
Os profissionais do setor regulado devem se atentar à correta aplicação da metodologia de cálculo da ETA, garantir a atualização das FDS e verificar os casos em que o teste experimental permanece exigido.

Com essa iniciativa, a Anvisa reforça seu compromisso com a segurança dos produtos saneantes, a proteção da saúde pública e a adoção de métodos alternativos cientificamente válidos, em alinhamento com práticas internacionais de segurança química.

O Manual para Cálculo da ETA está disponível para consulta no portal da Anvisa, na seção de Manuais e Guias da área de Saneantes e neste link.

(Anvisa). Manual para Cálculo da Estimativa da Toxicidade Oral Aguda (ETA) para Produtos Saneantes. Versão 1. Brasília, DF: Anvisa, out. 2025.

Laboratório clandestino de medicamentos é interditado no Maranhão: alerta para os riscos da atuação fora da conformidade

Na manhã de quinta-feira, 16/10, a Polícia Civil do Maranhão, em ação conjunta com a Vigilância Sanitária e o Conselho Regional de Farmácia, interditou um estabelecimento farmacêutico clandestino. A operação revelou uma série de irregularidades que evidenciam os riscos da atuação fora dos parâmetros legais e sanitários.

Durante a inspeção, foi constatado que o local funcionava sem a Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) e sem a Autorização Especial (AE), ambas emitidas pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa). Também foi identificada a ausência de licença sanitária válida e de farmacêutico responsável técnico, em desacordo com as exigências previstas nas legislações sanitária e profissional vigentes.

Além dessas infrações, foram encontrados medicamentos e precursores sujeitos a controle especial, como éter, clonazepam, procaína, ácido sulfúrico e testosterona. A presença desses produtos, sem o devido controle e supervisão técnica, representa um risco grave à saúde pública, podendo causar efeitos adversos severos e até mesmo fatais.

A Autorização de Funcionamento de Empresa (AFE) é obrigatória para empresas do setor de saúde que atuam com medicamentos, cosméticos, saneantes e outros produtos regulados, garantindo a conformidade legal e a segurança das operações. Já a Autorização Especial (AE) é exigida para atividades que envolvem substâncias controladas, funcionando como uma autorização complementar à AFE para serviços específicos. Ambas são fundamentais para evitar sanções administrativas, assegurar a credibilidade do negócio e demonstrar o compromisso com as normas estabelecidas pela Anvisa.

Durante a fiscalização, foram lavrados o Termo de Infração, o Termo de Interdição e o Termo de Fiscalização, resultando na interdição total do estabelecimento.

A conduta apurada pode configurar crimes previstos no artigo 273, §1º-B, inciso II, do Código Penal, que trata da fabricação e depósito de medicamentos sem autorização dos órgãos de vigilância sanitária. Também foram identificadas infrações às Leis nº 5.991/1973, 6.437/1977, 6.360/1976 e 11.343/2006, todas relacionadas à proteção da saúde pública.

Este caso reforça a importância de manter a conformidade com os órgãos fiscalizadores e de adotar práticas seguras e responsáveis na gestão de riscos químicos, toxicológicos e ambientais. A atuação preventiva é essencial para proteger a saúde da população e garantir a integridade das operações empresariais.

Confira a notícia na íntegra aqui.

Impactos da não conformidade química nas exportações brasileiras

A competitividade do Brasil no comércio exterior está diretamente ligada à capacidade de suas empresas cumprirem normas técnicas, sanitárias e ambientais dos mercados internacionais. No setor químico, a não conformidade nas exportações brasileiras tem causado barreiras comerciais, prejuízos financeiros e danos à reputação de empresas e do próprio país.

Neste artigo, vamos explorar como a não conformidade nas exportações brasileiras impacta diferentes setores, quais são as exigências internacionais mais comuns, os erros que levam ao descumprimento e como prevenir esses problemas com gestão adequada e assessoria técnica especializada.

O que é não conformidade química?

Não conformidade química refere-se ao descumprimento de exigências técnicas, regulatórias ou legais relativas à composição, rotulagem, transporte, armazenamento ou uso de substâncias químicas. Esse descumprimento pode ocorrer por:

  • Falta de rotulagem adequada segundo GHS;
  • Ausência ou erro em Fichas com Dados de Segurança (FDS);
  • Desatualização frente a regulamentações de países importadores;
  • Falha na comunicação de perigos;
  • Contaminação cruzada ou impurezas.

Relevância da conformidade nas exportações brasileiras

Em mercados exigentes como a União Europeia, os Estados Unidos, o Japão e o Canadá, há rigorosos requisitos de segurança química. A falta de conformidade pode implicar:

  • Recusa de entrada do produto no país;
  • Multas e penalidades regulatórias;
  • Necessidade de descarte ou reexportação do material;
  • Danos à imagem institucional;
  • Perda de contratos e de parceiros comerciais.

Esses fatores evidenciam que a não conformidade em exportações brasileiras vai além de um simples erro operacional: trata-se de um obstáculo à inserção e à permanência nos mercados mais estratégicos.

Normas e regulamentações mais exigidas no comércio exterior

Diversas legislações internacionais impactam diretamente as exportações químicas brasileiras. Abaixo, uma tabela com algumas das principais exigências:

Legislação / Norma InternacionalRequisito PrincipalRegião / País
REACH (Registration, Evaluation, Authorisation and Restriction of Chemicals)Registro e avaliação de substâncias químicasUnião Europeia
CLP Regulation (Classification, Labelling and Packaging)harmonização de classificação e rotulagem e embalagemUnião Europeia
TSCA (Toxic Substances Control Act)Autorização de compostos químicosEstados Unidos
OSHA Hazard Communication StandardAdoção do GHS em FDS e rótulosEstados Unidos
K-REACHRequisitos de registro e avaliação de substânciasCoreia do Sul

Cada mercado possui exigências específicas. A ausência de um estudo prévio pode levar à não conformidade nas exportações, com impactos severos.

Principais impactos da não conformidade nas exportações brasileiras

Barreiras não tarifárias

A não conformidade se tornou uma das principais barreiras não tarifárias enfrentadas por exportadores. Produtos químicos não registrados ou mal classificados são barrados na fronteira, mesmo que já estejam em trânsito.

Danos econômicos

Além da perda imediata da venda, há custos com reexportação, destruição de cargas, ações judiciais e ajustes corretivos nos processos internos. Isso compromete o fluxo de caixa e a sustentabilidade financeira da empresa.

Prejuízo à imagem da marca

Empresas que não atendem às normas são vistas como irresponsáveis ambientalmente ou despreparadas tecnicamente. Essa percepção compromete futuras negociações e dificulta a entrada em novos mercados.

Perda de confiança comercial

Importadores e distribuidores evitam relacionar-se com empresas que não garantem regularidade e conformidade. Isso pode levar à perda de contratos de longo prazo.

Setores mais afetados pela não conformidade química

Setor IndustrialExemplo de Produtos ExportadosExigências TípicasRisco de Não Conformidade
AgroquímicoFertilizantes, defensivosGHS: REACH, FDSAlto
CosméticosFragrâncias, ingredientesRotulagem, avaliação de toxicidadeMédio
FarmacêuticoIntermediários, solventesTSCA, GMPAlto
TêxtilCorantes, aditivosCLP, REACHMédio
Petróleo e GásDerivados químicosRotulagem e segurançaAlto

Como evitar a não conformidade nas exportações brasileiras?

1. Implementar um sistema de gestão de conformidade

Contar com processos padronizados e integrados de controle documental, verificação de rotulagem e verificação de requisitos regulatórios é essencial.

2. Realizar análise de risco regulatório

Antes de exportar, é necessário avaliar todos os requisitos legais do país de destino, o ciclo de vida do produto e as legislações aplicáveis.

3. Atualizar constantemente FDS e rotulagem

A FDS e os rótulos devem ser atualizados com base nas regulamentações vigentes dos países envolvidos. Isso evita retrabalho e rejeição no exterior.

4. Treinar equipes internas e fornecedores

A conformidade começa na origem. Colaboradores e fornecedores devem estar capacitados a seguir boas práticas de manipulação, identificação e transporte de produtos químicos.

5. Contar com consultoria especializada

Empresas com foco em exportação precisam de apoio técnico de especialistas para garantir a adequação às normas globais e evitar problemas de não conformidade nas exportações.

A importância de uma abordagem preventiva

A prevenção de não conformidade nas exportações brasileiras exige investimento em informação, gestão de dados químicos e visão estratégica. O custo de uma consultoria ou software de compliance é muito inferior às perdas ocasionadas por uma carga rejeitada ou por um contrato desfeito.

A tendência é que os mercados se tornem cada vez mais exigentes em relação à sustentabilidade e à segurança química. Empresas que se antecipam a essas demandas estão mais preparadas para expandir sua atuação global.

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PPRA x PGR: o que mudou na gestão dos riscos químicos em 2025

A gestão dos riscos químicos NR 01 passou por mudanças significativas nos últimos anos, especialmente com a substituição do PPRA pelo PGR

Se antes o Programa de Prevenção de Riscos Ambientais (PPRA) guiava as empresas nas questões relacionadas à segurança e saúde no trabalho, hoje o Programa de Gerenciamento de Riscos (PGR) assume esse papel, trazendo uma abordagem mais ampla, dinâmica e alinhada às necessidades atuais.

Neste artigo, você vai entender o que mudou, como isso impacta diretamente a gestão dos riscos químicos NR 01 e o que a sua empresa precisa fazer para se manter em conformidade, evitando multas, interdições e, acima de tudo, protegendo seus colaboradores.

O que era o PPRA?

O PPRA, instituído pela antiga NR 09, tinha como objetivo antecipar, reconhecer, avaliar e controlar os riscos ambientais no ambiente de trabalho, incluindo riscos físicos, químicos e biológicos. 

Ele era um programa obrigatório, com atualizações anuais, mas bastante limitado no que se refere à integração com outros riscos ocupacionais.

Porém, seu modelo já não atendia às necessidades de empresas que lidam com riscos mais complexos, como os riscos químicos NR 01, exigindo uma evolução na abordagem.

O que é o PGR?

O PGR — Programa de Gerenciamento de Riscos — surgiu dentro da nova redação da NR 01, que trata das disposições gerais sobre segurança e saúde no trabalho. 

Mais robusto, o PGR não se limita apenas ao levantamento dos riscos, mas também exige a implementação de medidas de controle, monitoramento contínuo e ações corretivas.

Ele contempla todos os riscos ocupacionais, incluindo os riscos químicos NR 01, de forma mais estruturada e integrada, além de prever a gestão de mudanças e a comunicação dos riscos.

PPRA x PGR: Principais mudanças

A substituição do PPRA pelo PGR não foi apenas uma atualização de nome, mas sim uma transformação na forma como os riscos são gerenciados dentro das organizações.

Comparativo entre PPRA e PGR

AspectoPPRAPGR
Base normativaNR 09NR 01
EscopoRiscos ambientais (físicos, químicos, biológicos)Todos os riscos ocupacionais, incluindo riscos químicos NR 01
AtualizaçãoAnualContínua, com gestão de mudanças
IntegraçãoLimitadaIntegração com outros programas e sistemas de SST
Documento principalDocumento físico ou digital com levantamento dos riscosInventário de Riscos + Plano de Ação
ÊnfaseLevantamento e controle pontual dos riscosGestão completa dos riscos e melhoria contínua
Exigência legalObrigatório para todos os segmentosObrigatório para todos os segmentos, exceto MEI

Impacto do PGR na gestão dos riscos químicos NR 01

A introdução do PGR trouxe avanços significativos na gestão dos riscos químicos NR 01. Agora, as empresas precisam não apenas identificar e mapear os agentes químicos, mas também adotar um plano de ação estruturado, contemplando:

  • Inventário de Riscos: Documento detalhado que mapeia os agentes químicos presentes no ambiente, suas características, possíveis efeitos à saúde e medidas de controle existentes.
  • Plano de Ação: Lista de medidas preventivas e corretivas com prazos, responsáveis e etapas bem definidas.
  • Monitoramento Contínuo: Acompanhamento periódico das condições de exposição e dos controles implementados.
  • Gestão de Mudanças: Sempre que houver alterações no processo produtivo, no layout, nos produtos químicos utilizados ou na legislação, é necessário revisar o PGR.

Quais empresas devem atender à NR 01?

Todas as empresas que possuam empregados regidos pela CLT estão obrigadas a atender à NR 01, com exceção do Microempreendedor Individual (MEI). 

Isso inclui indústrias, laboratórios, empresas de transporte de cargas perigosas, agronegócio, comércio e serviços que manipulam produtos químicos.

Se sua empresa lida com substâncias químicas — seja na fabricação, manipulação, armazenamento ou transporte — é indispensável uma gestão adequada dos riscos químicos NR 01.

Benefícios da gestão eficiente dos riscos químicos NR 01

Implementar corretamente o PGR traz uma série de vantagens para sua empresa:

  • Redução de acidentes e doenças ocupacionais.
  • Evita multas e interdições pela fiscalização.
  • Aumenta a produtividade, já que os colaboradores trabalham em um ambiente mais seguro.
  • Melhora a imagem institucional, mostrando responsabilidade com a saúde e segurança.
  • Cumprimento das exigências legais e normativas.

Erros mais comuns na gestão dos riscos químicos NR 01

É muito comum que as empresas cometam erros na transição do PPRA para o PGR, especialmente na gestão dos riscos químicos. 

Veja os principais:

  • Inventário de Riscos incompleto: Deixar de mapear todos os agentes químicos utilizados.
  • Falta de atualização: Não revisar o PGR após mudanças no processo produtivo.
  • Subestimar riscos: Achar que pequenas quantidades de produtos não representam perigo.
  • Ausência de monitoramento: Não realizar avaliações periódicas de exposição dos colaboradores.
  • Desconsiderar normas complementares: Como a NR 15 (atividades insalubres) e a FISPQ dos produtos.

Como implementar o PGR focado nos riscos químicos NR 01?

Veja o passo a passo essencial:

1. Levantamento dos agentes químicos

Identifique todos os produtos químicos presentes na empresa, incluindo matérias-primas, produtos intermediários e resíduos.

2. Avaliação dos perigos

Analise os riscos à saúde, segurança e meio ambiente com base nas propriedades dos produtos (inflamabilidade, toxicidade, corrosividade, etc.).

3. Elaboração do Inventário de Riscos

Documente os agentes químicos, suas fontes de emissão, rotas de exposição e medidas de controle existentes.

4. Plano de Ação

Defina ações para eliminar, reduzir ou controlar os riscos químicos NR 01, atribuindo responsabilidades, prazos e metas.

5. Monitoramento e melhoria contínua

Acompanhe a eficácia das medidas, revise o plano sempre que houver mudanças e promova treinamentos regulares para os colaboradores.

Tabela: Etapas do PGR na gestão dos riscos químicos NR 01

EtapaDescriçãoResponsável
Levantamento de ProdutosIdentificar todos os agentes químicosTécnico de Segurança / Intertox
Avaliação dos PerigosAnalisar perigos físicos, químicos e biológicosEngenheiro de Segurança / Intertox
Inventário de RiscosDocumento completo dos agentes e controlesTécnico de SST / Intertox
Plano de AçãoMedidas preventivas e corretivasResponsáveis pelos setores / Intertox
Monitoramento e RevisãoAvaliar eficácia e atualizar o PGRToda a equipe SST + Gestores

Conclusão

A gestão dos riscos químicos NR 01 deixou de ser um simples checklist e passou a ser um processo dinâmico, com foco na melhoria contínua e na segurança dos trabalhadores. 

A transição do PPRA para o PGR exige mais comprometimento, conhecimento técnico e atualização constante.

Se sua empresa ainda não está preparada para essa mudança, contar com uma assessoria especializada faz toda a diferença. 

A Intertox é referência nacional na gestão de riscos químicos, desenvolvimento de inventários, fichas de segurança (FDS), laudos e implementação completa do PGR.

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Como a gestão de riscos químicos evita multas e interdições na sua empresa

Se a sua empresa lida com produtos químicos, seja na indústria, no comércio ou no transporte, é fundamental entender como a gestão de riscos químicos impacta diretamente na continuidade do negócio, na segurança dos colaboradores e na conformidade com a legislação.

Além de preservar a saúde das pessoas e do meio ambiente, uma boa gestão de riscos químicos também protege sua empresa contra multas, sanções e até interdições aplicadas pelos órgãos fiscalizadores, como Ministério do Trabalho, IBAMA, ANVISA e outros.

Neste artigo, você vai entender como funciona a gestão de riscos químicos, quais são os erros mais comuns e como implementar um sistema eficiente que mantém sua empresa segura e regularizada.

O que é gestão de riscos químicos?

A gestão de riscos químicos é um conjunto de processos, práticas e medidas adotadas pelas empresas para identificar, avaliar, controlar e monitorar os riscos relacionados ao uso, armazenamento, transporte e descarte de produtos químicos.

Ela garante que a organização esteja em conformidade com normas nacionais e internacionais, como:

  • Norma Regulamentadora NR-26 (Sinalização de Segurança)
  • NR-9 (Programa de Prevenção de Riscos Ambientais)
  • FISPQ / FDS (Ficha de Dados de Segurança)
  • Decreto 10.088/2019 (Regulamentação do GHS no Brasil)

Por que a gestão de riscos químicos é indispensável?

Sem uma gestão adequada, os riscos vão além de acidentes e contaminações. O não cumprimento das normas pode gerar:

  • Multas pesadas
  • Processos civis e trabalhistas
  • Danos à imagem da empresa
  • Interdições e paralisações das atividades
  • Responsabilização penal de gestores

Portanto, a gestão de riscos químicos não é apenas uma exigência legal, mas também uma estratégia para proteger o negócio e garantir a continuidade operacional.

Quais são os riscos associados aos produtos químicos?

Os produtos químicos podem representar diferentes tipos de riscos:

  • Físicos: explosões, incêndios, reações perigosas.
  • Químicos: toxicidade, corrosividade, reatividade.
  • Ambientais: contaminação de solos, águas e atmosfera.
  • Saúde ocupacional: intoxicações, queimaduras, doenças respiratórias e dermatológicas.

Como funciona a gestão de riscos químicos na prática?

A gestão de riscos químicos envolve um ciclo contínuo de ações que podem ser divididas em etapas principais:

1. Identificação dos produtos e riscos

  • Levantamento de todos os produtos químicos presentes na empresa.
  • Análise das FDS e fichas técnicas.
  • Avaliação dos perigos associados a cada substância.

2. Avaliação dos riscos

  • Análise da frequência e gravidade dos riscos.
  • Consideração dos processos e ambientes onde os produtos são manipulados.
  • Verificação da exposição dos trabalhadores.

3. Controle e mitigação dos riscos

  • Implementação de medidas de controle como:
    • Sistemas de ventilação.
    • Equipamentos de proteção coletiva (EPC) e individual (EPI).
    • Procedimentos operacionais seguros.
    • Armazenamento adequado.

4. Monitoramento e revisão

  • Acompanhamento contínuo dos controles.
  • Atualização de documentos como FDS e inventário de produtos químicos.
  • Treinamentos periódicos.

Tabela: Como a gestão de riscos químicos evita problemas na sua empresa

EtapaBenefício diretoRisco evitado
Identificação dos produtosControle total sobre os produtos químicosUso incorreto, armazenagem inadequada
Avaliação dos riscosDefinição de prioridades e planos de açãoAcidentes, exposição ocupacional
Medidas de controleAmbiente mais seguro e adequadoMultas, interdições, ações judiciais
Monitoramento e atualizaçãoConformidade contínua com a legislaçãoResponsabilização penal e civil

Quais são os principais erros na gestão de riscos químicos?

Fique atento aos erros que podem custar caro para a sua empresa:

  • Não possuir inventário atualizado de produtos químicos.
  • FDS desatualizada ou fora dos padrões exigidos pelo GHS.
  • Armazenamento inadequado, sem sinalização ou segregação correta.
  • Ausência de plano de emergência para vazamentos ou acidentes.
  • Falta de treinamentos para colaboradores que manuseiam produtos químicos.

Legislações e normas que exigem a gestão de riscos químicos

Sua empresa precisa atender a diversas obrigações legais, incluindo:

  • NR-26: Rotulagem e sinalização de segurança.
  • NR-9: Avaliação dos riscos ambientais.
  • Decreto 10.088/2019: Implementação do GHS no Brasil.
  • Resoluções da ANVISA, IBAMA e órgãos ambientais estaduais.

Benefícios de uma gestão de riscos químicos eficiente

  • Redução de acidentes e afastamentos.
  • Evita multas e processos.
  • Previne interdições da empresa.
  • Protege o meio ambiente.
  • Melhora a imagem e a reputação da empresa.
  • Garante segurança jurídica para os gestores.

Como implementar uma gestão de riscos químicos eficiente?

Se sua empresa quer evitar erros e se manter segura, o caminho mais seguro é contar com uma consultoria especializada, como a Intertox, que oferece soluções completas em:

  • Inventário de produtos químicos.
  • Elaboração e revisão de FDS e rótulos conforme GHS.
  • Planos de gerenciamento de riscos.
  • Avaliações de riscos ocupacionais e ambientais.
  • Capacitação de equipes e treinamentos.

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