A Importância da Engenharia na Prevenção de Doenças do Trabalho

As doenças do trabalho representam forte impacto socio-econômico negativo para a sociedade, que pode ser minimizado pela incorporação dos princípios da Higiene Ocupacional nos projetos de Engenharia de processos produtivos. Segundo estatísticas da União Europeia publicadas em 2009, existe um imenso iceberg de doenças do trabalho nos Países Membros, responsável por uma mortalidade 21 vezes maior que a resultante dos acidentes do trabalho. Quase metade do total de doenças do trabalho mortais resultou da exposição a produtos químicos, evidenciando alta prioridade para o fortalecimento das ações preventivas de Segurança Química na região. (EU-OSHA, 2009). A Organização Pan-Americana de Saúde (OPAS/OMS) estima que, no máximo, 5% dos casos de doenças ocupacionais que ocorrem na América Latina são notificados (GOELZER, 2014). Em virtude da falta de investigação, diagnóstico e notificação, as estatísticas do INSS referentes a 2015 apontam que, do total de acidentes e doenças do trabalho comunicados, apenas 2,63% correspondem às doenças do trabalho, o que confirma os dados da OPAS/OMS. É provável a existência, no Brasil, de um iceberg de doenças do trabalho ainda maior que o dos países da União Europeia, gerando altos custos para a Previdência Social e baixa produtividade nas organizações brasileiras.

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