Crescente uso das “drogas da noite”

Crescente uso das “drogas da noite”

O crescente uso das drogas da noite têm sido um problema social preocupante.

Esta semana, o caso de estupro de uma menina por 30 homens escandalizou o país.

E vamos descorrer um pouco sobre a toxicologia e esta preocupação. Acompanhe nosso artigo!

Questões do crescente uso das “drogas da noite”

Jovem de 16 anos em depoimento ao jornal “O Globo” ela disse:

“Quando acordei tinham 33 caras em cima de mim”.

Os estupros realizados com a ajuda de drogas tornam-se cada vez mais freqüentes nos dias atuais devido a facilidade em conseguir essas substâncias.

Tipos de “drogas da noite”

As drogas da noite, “designer drugs” ou “club drugs” são termos usado para designar certo número de drogas que têm como característica essencial o fato de terem sido modificadas em laboratório.

Logo, com o intuito de potencializar ou criar efeitos psicoativos ou evitar efeitos indesejáveis.

1º Tipo de crescente drogas da noite: Burundanga

Crescente uso das "drogas da noite" Burundanga

A burundanga, talvez a “droga de estupro” mais conhecida na América Latina, cresce de forma silvestre em quase toda a região.

Segundo o Departamento de Saúde dos Estados Unidos, este alcalóide provoca desorientação, alucinações, amnésia e, em doses elevadas, pode ser mortal.

No entanto, apesar da fama, é cada vez menos usada em abusos sexuais, pois ela incapacita a vítima, mas também pode torná-la agressiva.

2º Tipo de crescente “drogas da noite”: GHB

Crescente uso das "drogas da noite" GBH

Uma das drogas silenciosas que está substituindo a burudanga é o GHB ou também chamado de “G”. Que é um composto que tem crescido muito, por ser uma droga legal.

Seu nome científico é ácido gama-hidroxibutírico e é difícil detectá-lo. No Brasil, ele classificado como substância psicotrópica e inserido na lista B1 de toxicologia, sob o número 33.

O GHB liga-se fracamente aos receptores GABAB e diminui os níveis de atividade do sistema nervoso; esta ativação modula os sistemas dopaminérgicos e serotoninérgicos.

O GHB provoca, ainda, a liberação de opióides endógenos. Sua absorção oral é rápida, com início de ação em 15 a 30 min e pico plasmático em 25 a 45 min.

Absorção das drogas da noite no organismo

crescente drogas da noite: GHB nova onda perigosa

A meia-vida de eliminação e absorção depende da dose, mas está em torno de 20 a 53 min.

O metabolismo se dá por diferentes vias:

a) GHB: a degradação ocorre no tecido cerebral por conversão em semialdeído succínico (SSA) e metabolização pelo ciclo de Krebs. A eliminação se dá quase inteiramente na forma de metabólitos.

b) GBL: é rapidamente hidrolizado no sangue em GHB.

c) 1,4 butanodiol (1,4 BD): se o GHB tem a particularidade de resultar de uma reação química reversível de GBL em GHB, o GHB pode ser o contaminante de um outro precursor, o 1,4 butanodiol, batisado « BD » ou « BDO ».

Como ocorre a absorção pelo organismo

Este é oxidado pela álcool-desidrogenase em gama-hidroxibutiraldeído que, por sua vez, é transformado pela aldeído-desidrogenase em GHB.

Tanto o 1,4 BD como o álcool, competem pela álcool-desidrogenase, sendo que o álcool tem uma afinidade muito maior, o que pode levar a uma toxicidade prolongada no caso do uso concomitante das duas substâncias.

Pois, a ingestão concomitante de etanol e 1,4 BD, levando a uma inibição competitiva pela álcool-desidrogenase, retarda a metabolização do 1-4 BD.

Assim, causa uma depressão inicial do nível de consciência seguido por uma melhora quando o etanol é metabolizado.

Evolução e detectação das “drogas da noite” no organismo

Logo em seguida, a evolução se faz para o coma, com a disponibilização da álcool-desidrogenase. O diagnóstico se faz pela anamnese detalhada e o exame físico do paciente.

Pois, a maioria das “drogas de estupro” são eliminadas pelo organismo em menos de 12 horas.

Por isso, recomenda-se que a vítima realize exames imediatamente para que as evidências ainda sejam descobertas.

Em alguns casos apenas um exame capilar é capaz de detectar estas substâncias, porém o processo é mais longo e custoso.

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Conclusão

Portanto, para tentar limitar o uso de fármacos em delitos sexuais, a ONU recomenda que a indústria química desenvolva medidas de segurança. Como, adicionar corantes e sabores em seus produtos para que a vítima se dê conta se ingerir a substância.

Mas, essa é apenas uma recomendação.

Logo, a difusão de informações sobre o problema é outro passo importante para que ele comece a ser combatido.

Referências

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