Praguicidas (agrotóxicos) – mais fatos a respeito

Escrito por Fausto Azevedo | 27 Julho 2010

Os praguicidas (que também aparecem designados, inadequadamente, por agrotóxicos, agroquímicos, defensivos agrícolas, pesticidas, etc.) representam um grande agrupamento de substâncias químicas que têm em comum a propriedade de produzirem a morte de agentes causadores do que é considerado praga no campo agropecuário. Esses agentes variam enormemente no que concerne à estrutura química, mecanismos de ação e toxicidade. Por isso, têm merecido

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Drogas legais e potencialmente letais

Escrito por Alice A da Matta Chasin | 01 Junho 2010
Após a era das “super-drogas’ assistimos agora ao preocupante aumento das drogas sintéticas.

As “super-drogas” significaram o uso da tecnologia e de conhecimentos de química e cinética para a produção de formas com teores aumentados de princípio ativo, como é o caso do skunk (maconha obtida de forma a concentrar em até 5 vezes o teor de THC) ou do crack, forma básica da cocaína, que pode ser fumada pois  se volatiliza às temperaturas elevadas ao contrário da forma de sal (cloridrato de COC), que se decompõe com o aumento da temperatura. O uso da cocaína na forma de crack, ou seja, fumada, é comparado em termos de velocidade de absorção à via intravenosa (“picada”). A extensa área de superfície dos pulmões favorece a efetiva absorção desta forma da cocaína. A ação é rápida e os efeitos intensos são comparáveis aos que se seguem a uma “picada” e ocorrem em 1 a 2 minutos. A duração dos efeitos, também à semelhança da via intravenosa, é considerada curta, o que requer a utilização de novas quantidades para manter o estado de intoxicação. O ato de fumar cocaína apresenta a agravante de facilitar o reforço associado à dependência, tanto por constituir  uma via de administração socialmente aceita (não requer a parafernália associada a “drogas” ilícitas, como agulhas, seringas, etc) como por não oferecer riscos de transmissão de AIDS, hepatite, etc. Da mesma forma o ice drop é a forma básica da metanfetamina que pode ser fumada.

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O Homem, os Répteis e a Consciência Planetária:

Escrito por Fausto Azevedo | 14 Maio 2010

Uma Questão de Biologia, Química Ambiental, Ecotoxicologia e Ética

Em nosso orgulho antropocêntrico nos sentimos imensamente distanciados de um mero lagartinho. E não é para menos. Afinal, descobrimos e exploramos o petróleo, eles não; criamos bolsas de valores, eles não (embora, e é inevitável o trocadilho de mau gosto, eles entrem em nossa fabricação de muitas bolsas); inventamos guerras fratricidas, eles não; e fomos à Lua, eles não!

Bem, há outra maneira de examinar o assunto. Nessa diferente óptica, estamos muito mais próximos a eles do que imagina nossa vã filosofia… Afinal também, ainda carregamos em nosso inimitável crânio, por sob o fantástico e exclusivo córtex cerebral humano, uma estrutura comumente repartida com eles e, precisamente por isso muito bem chamada de cérebro reptílico. Ela faz parte da evolução, como nós próprios.

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Afeganistão: envenenamentos coletivos com fins políticos?

Escrito por Fausto Azevedo | 26 Abril 2010

Igualdade de gêneros. Liberdade de cultos, crenças e opiniões. Liberdade para ir e vir. Liberdade para estudar, aprender e prosperar. É sonhar demais? Um tal ideário seria inviável? Mas ele não deve ser a essência do projeto humano? Pode-se impedir, por dogmas religiosos e sexismo, a oportunidade de vida futura de jovens?

E mais ainda: pode-se usar o conhecimento científico e tecnológico para impor uma vontade unilateral e abusiva, de forma despótica e criminosa?

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Ozônio e Saúde Pública

Escrito por Fausto Azevedo | 24 Abril 2010

Relativizar é um dos fenômenos interessantes da natureza e também da mente humana. E isso se aplica inteiramente à substância química denominada ozônio. Para a humanidade, a presença de tal agente tanto pode ser muito benéfica quanto muito preocupante. É necessária e essencial à manutenção da vida no planeta Terra uma concentração apropriada desse gás na estratosfera (faixa da atmosfera de 16 a 30 km de altitude). Assim, nessa ozonosfera, a molécula de O3 nos beneficia – e de resto a todo o planeta –, porque participa de um ciclo que absorve a radiação ultravioleta da energia solar de 220-320 nm. Sem esse filtro, sem tal escudo protetor, a vida como conhecemos teria sido – e é! – impossível. Tanto assim que, de uma maneira ou de outra, a humanidade se reuniu num esforço para proteger e salvar a camada de ozônio: o Protocolo de Montreal. No ciclo químico ozônio-oxigênio (interconversibilidade entre as duas formas), a radiação solar se transforma em energia térmica, e o que nos chega é tido como a boa radiação. A equação química representativa desse ciclo é O3 ⇌ O2 + [O], sendo que na reação de decomposição, o ozônio absorve grande quantidade de radiação ultravioleta e se divide, e, no sentido inverso, na reação de sua formação, há pequeno desprendimento de energia térmica.

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