Nações Unidas alerta o mundo sobre possível uso de armas químicas pelo EI em Mossul

7 anos atrás

Em 23 de outubro, o Estado Islâmico (EI) provocou um incendio em uma empresa de produção de enxofre na cidade de Mossul no Iraque. Algumas pessoas morreram após inalarem os gases tóxicos.

Segundo a porta-voz Ravina Shamdasani das Nações Unidas, o EI tem estocado grande quantidade de amônia e enxofre com o objetivo de realizar ataques com armas químicas.

O EI já realizou ataques com armas químicas na Síria, e a população civil tem sofrido os efeitos tóxicos de tais compostos.

O enxofre é um agente químico usado em múltiplos processos industriais como, por exemplo, na produção de ácido sulfúrico para baterias, fabricação de pólvora e vulcanização da borracha.

A amônia é utilizada para a produção de fertilizantes, produtos de limpeza, indústria farmacêutica, entre outras.

O gás de amônia é irritante e em contato com a pele provoca queimadura intensa. A inalação do gás promove irritação das vias aéreas superiores, pneumonite química e edema agudo pulmonar. Em concentração elevada, pode provocar a morte.

O gás de enxofre (dióxido de enxofre) é um gás altamente tóxico, pode provocar irritação e aumento na produção de muco, desconforto e o agravamento de problemas respiratórios e cardiovasculares.

A ONU se preocupa com o uso de armas químicas contra a população civil de Mossul. Atualmente há uma disputa entre os iraquianos para retomada desta cidade, que é a segunda maior do Iraque e está sob o comando do EI desde 2014.

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