A Folha de São Paulo divulgou matéria no dia 1º. se maio, dia do Trabalho, mostrando que por estimativa do Inca (Instituto Nacional de Câncer), com base em dados internacionais, para perto de 4% das 518.510 pessoas que terão diagnóstico de câncer neste ano, ou seja, cerca de 20 mil pessoas, o trabalho será a causa da doença, vale dizer, condições existentes no exercício profissional.
Não dispomos, no Brasil, de números oficiais sobre os cânceres ocupacionais; lidamos apenas com estimativas, e a taxa de ocorrência de tumores com causação laboral pode ser de até 16% (82,9 mil ocorrências).
Conforme Guilherme Franco Neto, diretor de Vigilância em Saúde Ambiental e do Trabalhador do Ministério da Saúde, o SUS terá, até 2016, um protocolo para registrar casos de câncer ocupacional e montar seu banco de dados. Para o INCA, 19 tipos de câncer que podem se correlacionar com o tipo de trabalho. Entre os principais: os de pulmão, pele, laringe, bexiga e as leucemias. De cabeleireiros a pilotos de avião são os profissionais em risco.
Dados da Previdência Social de 2009 mostram que, dos 113.801 auxílios-doença por câncer pagos, apenas 0,66% foi registrado como tendo relação ocupacional. O câncer é a segunda doença que mais mata no Brasil. Entre os postos de trabalho com as maiores incidências da doença estão os relacionados à construção civil e à indústria petroquímica. Um levantamento-piloto feito de 2008 a 2010 em casos de câncer de bexiga identificou que 14,4% (467) dos registros hospitalares relataram trabalho na agropecuária.
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