Como funciona o processo de classificação toxicológica no Brasil

Como funciona o processo de classificação toxicológica no Brasil

A classificação toxicológica da Anvisa é uma etapa fundamental no controle, comercialização e uso seguro de produtos químicos no Brasil. 

Esse processo tem como objetivo informar os riscos à saúde humana e ao meio ambiente, garantindo que fabricantes, importadores e usuários finais estejam cientes dos cuidados necessários.

Neste artigo, você entenderá como funciona o processo de classificação toxicológica da Anvisa, quais são as etapas envolvidas, os critérios utilizados, e como a sua empresa pode garantir total conformidade com a legislação vigente.

O que é a classificação toxicológica da Anvisa?

A classificação toxicológica da Anvisa é o sistema que categoriza produtos, especialmente agrotóxicos, defensivos agrícolas e outros químicos, de acordo com seu grau de toxicidade. 

Esse processo é regulamentado no Brasil pela Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) e segue critérios estabelecidos pela legislação nacional e internacional.

O objetivo é proteger a saúde pública, os trabalhadores e o meio ambiente, fornecendo informações claras sobre os riscos associados a esses produtos.

Por que a classificação toxicológica da Anvisa é obrigatória?

A obrigatoriedade da classificação toxicológica Anvisa visa assegurar que produtos químicos sejam comercializados e utilizados com responsabilidade, minimizando riscos à saúde e ao meio ambiente.

Ela é exigida para:

  • Registro de produtos na Anvisa;
  • Renovação de registros;
  • Importação de substâncias controladas;
  • Atendimento às normas de segurança no trabalho (como NR-26);
  • Rotulagem correta e elaboração da Ficha de Dados de Segurança (FDS).

Legislação que rege a classificação toxicológica 

A classificação da Anvisa é baseada em diferentes normativas, entre elas:

  • Lei nº 7.802/1989 – Lei dos Agrotóxicos;
  • Decreto nº 4.074/2002 – Regulamenta a Lei nº 7.802;
  • RDC nº 294/2019 – Define os critérios para avaliação toxicológica e rotulagem de produtos químicos.

Essas normas estabelecem os parâmetros e procedimentos necessários para avaliação e categorização toxicológica dos produtos no Brasil.

Aproveite para ler também: Avaliação e classificação toxicológica de Defensivos Agrícolas: De olho nos prazos e novos requisitos da ANVISA

Como funciona o processo de classificação 

O processo de classificação toxicológica da Anvisa envolve várias etapas, que vão desde a análise documental até a avaliação dos dados de toxicidade.

Etapas principais:

1. Análise documental

  • Coleta de informações sobre a composição do produto;
  • Dados de pureza, impurezas e concentração dos ingredientes ativos;
  • Informações prévias de testes toxicológicos.

2. Avaliação de dados toxicológicos

  • Dados obtidos de estudos laboratoriais (in vivo e in vitro);
  • Análise de toxicidade aguda, subcrônica, crônica, carcinogenicidade, mutagenicidade e toxicidade reprodutiva;
  • Avaliação de efeitos à saúde humana e ao meio ambiente.

3. Categorização segundo a toxicidade

  • Aplicação de critérios definidos pela RDC nº 294/2019;
  • Definição da classe toxicológica.

4. Aprovação e registro

  • Após a análise, a Anvisa valida a classificação, liberando o registro do produto com a devida categoria de risco.

Quais são as classes da classificação toxicológica da Anvisa?

A Anvisa classifica os produtos em quatro categorias, de acordo com o grau de toxicidade. Veja a tabela a seguir:

Classe ToxicológicaCor no RótuloDescrição do Risco
1VermelhoExtremamente tóxico
2AmareloAltamente tóxico
3AzulModeradamente tóxico
4VerdePouco tóxico

Essa classificação deve constar nos rótulos dos produtos e nas Fichas de Dados de Segurança (FDS), além de ser comunicada em todos os materiais técnicos e de segurança.

Quais critérios são avaliados?

A classificação toxicológica leva em consideração diversos parâmetros, entre eles:

  • Toxicidade aguda: efeitos de curta duração (oral, dérmica, inalatória);
  • Irritação cutânea e ocular;
  • Corrosividade;
  • Sensibilização dérmica;
  • Mutagenicidade: potencial de causar mutações genéticas;
  • Carcinogenicidade: potencial de provocar câncer;
  • Toxicidade reprodutiva e desenvolvimento embrionário.

Além disso, também são analisadas as vias de exposição, como ingestão, contato dérmico e inalação.

Consequências da não conformidade com a classificação toxicológica 

Empresas que não atendem aos requisitos da classificação toxicológica da Anvisa estão sujeitas a:

  • Multas elevadas;
  • Suspensão ou cancelamento de registros;
  • Interdições de produtos ou estabelecimentos;
  • Danos à reputação da marca;
  • Riscos legais e ambientais.

Estar em conformidade não é apenas uma obrigação legal, mas uma medida essencial para segurança, sustentabilidade e competitividade no mercado.

Desafios para as empresas no processo de classificação toxicológica Anvisa

Empresas que lidam com produtos químicos frequentemente enfrentam desafios como:

  • Complexidade na coleta de dados toxicológicos;
  • Interpretação correta das normativas;
  • Necessidade de testes adicionais em laboratórios especializados;
  • Elaboração adequada de rotulagem e FDS;
  • Atualização constante frente às mudanças regulatórias.

Por isso, contar com uma consultoria especializada é fundamental para conduzir o processo de maneira eficiente e segura.

Como a Intertox pode ajudar no processo de classificação toxicológica da Anvisa

A Intertox é referência nacional na área de gestão de riscos químicos e oferece soluções completas para empresas que precisam realizar a classificação toxicológica.

Nossas soluções incluem:

  • Avaliação toxicológica completa;
  • Preparação de dossiês para submissão à Anvisa;
  • Desenvolvimento de Fichas de Dados de Segurança (FDS) e rotulagem conforme normas;
  • Suporte técnico especializado em legislações nacionais e internacionais;
  • Consultoria para adequação regulatória contínua.

Conclusão

A classificação toxicológica da Anvisa é um passo indispensável para qualquer empresa que comercialize ou manipule produtos químicos no Brasil. 

Estar em conformidade significa garantir a segurança dos colaboradores, dos consumidores e do meio ambiente, além de evitar sanções legais e garantir a competitividade no mercado.

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