Ecotoxicologia: Identificados novos gases que destroem a camada de ozônio

Cientistas britânicos identificaram quatro novos gases que contribuem para a destruição da camada de ozônio. A concentração destes gases é pequena, porém a taxa de acumulação de dois deles têm trazido grande preocupação.

O termo ecotoxicologia foi criado por René Truhaut em 1969, que o definiu como sendo “o ramo da toxicologia preocupado com o estudo de efeitos tóxicos causados por poluentes naturais ou sintéticos, sobre quaisquer constituintes dos ecossistemas: animais (incluindo seres humanos), vegetais ou microrganismos, em um contexto integral

Como funciona a camada de ozônio

A camada de ozônio funciona como uma proteção natural contra a radiação dos raios ultravioleta emitidos pelo sol. Sem esse filtro formado ao longo de milhares de anos, o desenvolvimento de todas as formas de vida encontradas no planeta seria impossível. Apesar da sua relevância, a camada de ozônio começou a sofrer os efeitos da poluição crescente com a industrialização mundial.

Os principais causadores da destruição da camada de ozônio são produtos químicos como halon, tetracloreto de carbono (CTC), hidrofluorcarbono (HCFC), CFC (clorofluorcarbono) e brometo de metila. Os CFCs foram largamente usados até o fim da década de 1980 e meados dos anos 1990 como propelentes na fabricação de aerossóis, como expansores de espumas, na fabricação de equipamentos de refrigeração e de plásticos. Na camada de ozônio os CFC (clorofluorcarbonos) desintegram-se liberando cloro, sendo este o principal elemento que reage com o ozônio, comprometendo a barreira natural.

De acordo com a pesquisa realizada pela Universidade de East Anglia, no Reino Unido, os novos gases que contribuem para a destruição da camada de ozônio são de origem desconhecida, porém suspeita-se que uma das possíveis fontes são insumos químicos para a produção de inseticidas e solventes para limpeza de componentes eletrônicos. Outro dado importante da pesquisa foi que antes da década de 1960, não era possível encontrar estes gases na atmosfera, reforçando os indícios de que a origem seja humana.

Classes identificadas

Dentro das classes identificadas, um dos gases com maior relevância é o CFC-113a, descrito como uma matéria-prima utilizada na produção de piretróides, inseticida que já foi amplamente utilizado na agricultura. O estudo do hidroclorofluorcarbono (HCFC-133a) tem grande importância devido à utilização na fabricação de refrigeradores e apesar de suas concentrações atuais serem pequenas, a taxa de crescimento é elevada.

Os hidrofluorcarbonetos foram criados como alternativa aos clorofluorcarbonetos, e são gases de refrigeração contendo hidrogênio, flúor e carbono. Por não conterem cloro como os clorofluorcarbonetos, não são destrutivos à camada de ozônio da atmosfera pois o flúor em si não é prejudicial ao ozônio.

Estas novas descobertas indicam que a destruição da camada de ozônio ainda permanece, e que novos estudos devem ser realizados para a identificação da origem do problema, além das ações que devem ser realizadas para controlar este impacto.

CFCS – Substâncias químicas

Os CFC são substâncias químicas focadas pelo programa do Ministério do Meio Ambiente (MMA), de Registro de Emissões e Transferência de Poluentes (RETP) pelos setores produtivos. O RETP, a ser implantado agora em 2014, constitui uma ferramenta de uso internacional, de levantamento, tratamento, acesso e divulgação pública de dados e informações sobre as emissões e as transferências de poluentes, por atividades produtivas, que causam ou têm o potencial de causar impactos maléficos para os compartimentos ambientais, ar, água e solo (MMA, 2010). O RETP é integrado ao Cadastro Técnico Federal/IBAMA (CTF) e está fundamentado em marco regulatório federal.

REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS 
www.g1.globo.com/ciencia-e-saude/noticia/2014/03/cientistas-identificam-nova-ameaca-misteriosa-a-camada-de-ozonio.html

www.noticias.uol.com.br/meio-ambiente/ultimas-noticias/bbc/2014/03/10/cientistas-identificam-nova-ameaca-misteriosa-a-camada-de-ozonio.htm

www.bbc.com/news/science-environment-26485048 

www.noticias.terra.com.br/ciencia/sustentabilidade/descobertos-novos-gases-que-destroem-a-camada-de-ozonio,76c6a9688cd94410VgnCLD2000000dc6eb0aRCRD.html 

www.wwf.org.br/natureza_brasileira/questoes_ambientais/camada_ozonio
wwww.mma.gov.br/clima/protecao-da-camada-de-ozonio 

Ambiente em Manchete: Possíveis impactos decorrente do transbordamento de esgoto que atinge rio em Ourinhos

De acordo com a notícia publicada em 12/02/2014 pelo portal G1, o esgoto do Jardim Anchieta em Ourinhos vem transbordando da caixa de contenção e está escorrendo pela mata até atingir o Rio Pardo, principal fonte de abastecimento da região. Os responsáveis pelo setor explicam que houve transbordamento do esgoto devido a um
assoreamento na lagoa de tratamento que está entupindo a tubulação.

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Toxicologia ambiental: Poluição em Pequim atinge níveis alarmantes e indústrias suspendem suas atividades

A questão da Toxicologia Ambiental volta à tona com as recentes e impactantes notícias a respeito da poluição atmosférica na China. A publicação realizada neste Portal no dia 25 de fevereiro abordou as categorias dos indicadores analisados para o ranking ambiental estabelecido pela Environmental Performance Index (EPI) e as soluções indicadas para a diminuição da poluição do ar.

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Ecotoxicologia: Óleo de cozinha, um contaminante ambiental

O óleo de cozinha está entre os principais poluidores do meio ambiente, um problema que vem se acumulando e agravando rapidamente, pois 1 litro de óleo tem capacidade de poluir de 100 a 1 milhão de litros de água.

Por ser menos denso que a água, o óleo de cozinha forma uma película sobre ela, o que provoca a retenção de sólidos, entupimentos e problemas de drenagem quando colocados em pias ou vasos sanitários, que são redes coletoras de esgoto. Para descontaminar a água, o custo é elevado – cerca de 20% do tratamento do esgoto.

Nos rios e corpos d’água, a película formada pelo óleo de cozinha dificulta a troca gasosa entre a água e a atmosfera, além da evaporação da água, o que resulta na morte de peixes e outros tipos de vida aquática.

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Paraná terá plano integrado para emergências ambientais

Em nota publicada pelo governo do estado do Paraná em 28/01/2014, um plano de ações integradas de Prevenção, Preparação e Resposta Rápida a Emergências Ambientais com Produtos Químicos Perigosos (P2R2), com foco principal na proteção de recursos hídricos, terá sua implantação iniciada a partir de fevereiro.

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