Toxicologia Ambiental: 35° Simpósio Internacional de Poluentes Orgânicos Persistentes e Halogenados (Dioxin 2015)

O portal ambientebrasil, no dia 26 de agosto de 2015, noticiou o 35° Simpósio Internacional de Poluentes Orgânicos Persistentes e Halogenados (Dioxin 2015) que ocorre em São Paulo até sexta – feira (28/08). O evento que está sendo sediado pela primeira vez no Brasil é considerado a principal conferência internacional acerca desses contaminantes químicos e teve início em 23 de agosto com a presença de cientistas de todo o mundo.

O Brasil está cada vez mais atuante na gestão de resíduos químicos perigosos e no controle e banimento dos poluentes orgânicos persistentes e halogenados. Em julho deste ano aconteceu em Brasília um debate sobre Técnicas e Tecnologias de Tratamento e Destinação Final de Bifenilas Policloradas (PCBs) e Outros Poluentes Orgânicos Persistentes (POPs), onde foi discutido técnicas para tratamento e disposição final com o foco na descontaminação e eliminação dos POPs.

Os POPs, são compostos orgânicos aromáticos, poliaromáticos e alicíclicos clorados, extremamente tóxicos, produzidos em diversas atividades industriais: Agrotóxicos; Produtos industriais e Produtos secundários de origem industrial ou não-intencionais. São reconhecidos por serem substâncias persistentes com baixa solubilidade em água e altamente lipossolúveis, o que resulta em bioacumulação. Além dessas características são naturalmente resistentes à degradação biológica e química, o que propicia capacidade de transporte a longas distâncias podendo assim estar presentes em locais onde nunca foram utilizados.

O Simpósio traz em seu programa a apresentação de novas estratégias científicas, políticas e avanços tecnológicos para proteger o ambiente global de POPs e produtos químicos relacionados, bem como a apresentação do Plano Nacional de Implementação da Convenção de Estocolmo (NIP, sigla em inglês), do Inventário e Plano de Ação para Novos POP e do Inventário de Dioxinas e Furanos que foram formulados pelo Ministério do Meio Ambiente.

O NIP foi financiado pelo Global Environment Facility (GEF), com o Programa das Nações Unidas para o Meio Ambiente (Pnuma) como agência implementadora e a contribuição da Companhia Ambiental do Estado de São Paulo (CETESB), que é o Centro Regional da Convenção de Estocolmo para a América Latina e Caribe. A sua formulação contou com a participação de grupos técnicos interinstitucionais, inclusive órgãos federais e estaduais de meio ambiente, agricultura e saúde, entidades de classe, organizações não-governamentais, instituições científicas e da indústria e traz orientações aos setores públicos para a gestão e eliminação dos POPs para os próximos cinco anos.

A problema e a preocupação com esses poluentes é mundial e cada vez mais o assunto vem se tornando mais evidente ampliando as discussões e iniciativas de ações.

A Intertox vem contribuindo ativamente com a ação e além da colaboração na elaboração do Inventário Nacional de Bifenilas Policloradas vem buscando e noticiando as atualizações sobre o assunto.

Referências

Em debate, poluentes químicos perigosos. Disponível em:http://noticias.ambientebrasil.com.br/clipping/2015/08/26/118454-em-debate-poluentes-quimicos-perigosos.html. Acesso em: 27 jul.2015
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