Novas substâncias são adicionadas ao Relatório sobre Carcinogênicos do HHS (Department of Health and Human Services)

12 anos atrás

O Departamento de Saúde e Serviços Humanos dos EUA acrescentou oito substâncias para seu relatório sobre agentes cancerígenos, um documento de base científica que identifica produtos químicos e agentes biológicos que podem colocar as pessoas em maior risco para o câncer.

O formaldeído, agente químico industrial, e um composto botânico conhecido como ácido aristolóquico são listados como substâncias cancerígenas com evidências em humanos. Seis outras substâncias, captafol, tungstênio-cobalto metal duro (em pó ou em metal duro), certas fibras inaláveis de lã de vidro, o-nitrotolueno, riddelliine (alcalóide pirrolizidinico), e estireno, foram listados como substâncias provavelmente (reasonably) cancerígemas em humanos. O relatório, que possui 240 agentes, está disponível em http://ntp.niehs.nih.gov/go/roc12.

Ele identifica agentes, substâncias, misturas, ou exposições, em duas categorias: os conhecidos por serem carcinogênicos humanos, e os previsíveis de serem um carcinogênico humano. Muitos fatores, incluindo a quantidade e a duração da exposição e susceptibilidade de um indivíduo a uma substância, afetam a possibilidade de uma pessoa desenvolver câncer.

Substâncias Consideradas Cancerígenas com Evidências em Humanos:

  • Ácido aristolóquico – foi constatado que quando utilizado  por indivíduos com doença renal concomitantemente com produtos botânicos pode causar altas taxas de câncer de bexiga ou do trato urinário superior.
  • Formaldeído – foi listado no relatório como uma substância razoavelmente esperada de ser  carcinogênico humano, depois de estudos de laboratório que mostraram que causava câncer nasal em ratos. Foram feitos estudos em seres humanos para mostrar que os indivíduos com exposição ao formaldeído tem maior risco para certos tipos de cânceres raros, incluindo nasofaríngeo, nasossinusal, bem como um câncer específico das células brancas do sangue, conhecida como leucemia mielóide.

Substâncias Provavelmente Cancerígenas em Humanos:

  • Captafol é um fungicida, e foi utilizado para induzir câncer em estudos experimentais em animais. A exposição alimentar ao captafol causou tumores em vários tecidos em ratos e camundongos.
  • Cobalto carboneto de tungstênio (em pó e em metal duro) é usado para fazer o corte,  moagem, em produtos que devem resistir ao desgaste, no  amplo espectro de indústrias, incluindo petróleo, gás, e mineração. Foram relatadas evidências limitadas de câncer de pulmão em trabalhadores envolvidos na fabricação de tungstênio-cobalto de carbonetos metálicos rígidos.
  • Fibras de lã de vidro estão na lista devido aos estudos experimentais em animais.  A classificação foi realizada mediante os relatórios anteriores sobre cancerígenos para que fossem incluidas somente as fibras que podem penetrar no trato respiratório que são altamente duráveis, e são biopersistentes, ou seja, permanecem nos pulmões por longos períodos de tempo.
  • o-Nitrotolueno foi listado porque estudos experimentais em animais mostraram a formação de tumor em muitos diferentes tecidos em ratos e camundongos. O o-nitrotolueno é usado como intermediário na preparação de corantes, incluindo magenta e vários corantes de enxofre, para, o algodão, seda, lã, couro e papel.
  • Riddelliine é encontrada em certas plantas do gênero Senecio. Foi adicionado na lista pois causou cancro dos vasos sanguíneos em ratos e camundongos, leucemia e câncer de fígado em ratos, e tumores de pulmão em camundongos.
  • Estireno – está na lista com base em estudos de câncer humano, estudos em animais de laboratório, e informação científica. As pessoas podem ser expostas ao estireno pela respiração em ambientes exteriores que tem vapores de estireno originários de materiais de construção, de fumaça de cigarro e outros produtos.

A evidência limitada de câncer a partir de estudos com humanos revela a ocorrência de câncer linfo-hematopoiético e danos genéticos nos linfócitos de trabalhadores expostos ao estireno.

Fonte:  NIEHS – NATIONAL INSTITUTE OF ENVIRONMENTAL HEALTH SCIENCES – National Institutes of Health. Disponível em: <http://www.niehs.nih.gov/news/releases/2011/roc/

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